3 Razões que Levam a Seletividade Alimentar no Autismo: Entenda as Causas e Como Lidar

A seletividade alimentar no autismo é uma condição comum que afeta muitas famílias. Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente apresentam uma alimentação restrita, preferindo apenas determinados tipos de alimentos, texturas ou cores. Essa dificuldade alimentar pode impactar diretamente a nutrição e o desenvolvimento infantil. Busque um nutricionista.

O que é seletividade alimentar?

A seletividade alimentar é caracterizada pela recusa persistente de certos alimentos, tornando a alimentação infantil limitada e desbalanceada. No caso das crianças autistas, esse comportamento pode estar ligado à sensibilidade sensorial, rigidez comportamental ou experiências negativas com a alimentação.

Por que crianças autistas têm seletividade alimentar?

Diversos fatores explicam a alimentação seletiva em crianças com autismo:

  • Hipossensibilidade ou hipersensibilidade sensorial: Alterações na percepção de gosto, cheiro ou textura dos alimentos.
  • Rigidez cognitiva: Preferência por rotinas, inclusive alimentares.
  • Experiências anteriores negativas, como engasgos ou refluxos.

Esses fatores podem levar à recusa de alimentos saudáveis, como frutas, vegetais e proteínas, o que dificulta uma dieta equilibrada.

Como lidar com a seletividade alimentar no autismo?

O acompanhamento com uma equipe multidisciplinar é essencial. Algumas estratégias incluem:

  • Introduzir novos alimentos gradualmente.
  • Utilizar técnicas de intervenção nutricional e comportamental.
  • Trabalhar com fonoaudiólogos, nutricionistas e terapeutas ocupacionais especializados em autismo e alimentação infantil.

A importância do acompanhamento profissional

A intervenção nutricional no autismo pode ajudar a ampliar o repertório alimentar da criança, melhorando sua saúde e qualidade de vida. É importante não forçar a criança, mas sim respeitar seus limites e promover um ambiente positivo durante as refeições.

Seletividade alimentar no autismo

Seletividade Alimentar no Autismo e Picamalacia: Entenda a Relação

O que é Picamalacia?

A picamalacia é uma condição reconhecida pela ingestão de itens que não têm valor nutricional (como terra, gelo, papel, giz). Embora possa ocorrer em diferentes populações, estudos mostram que há uma maior prevalência entre pessoas com autismo. A picamalacia pode ser motivada por fatores sensoriais, carências nutricionais (como falta de ferro ou zinco) ou necessidades de autoestimulação.

Como Se Relacionam a Seletividade Alimentar Picamalacia e Autismo?

A conexão entre seletividade alimentar no autismo e picamalacia está principalmente ligada ao comportamento alimentar atípico. Enquanto a seletividade representa a recusa de alimentos comuns, a picamalacia pode envolver o interesse por substâncias não alimentares, criando um paradoxo no padrão alimentar. Ambas as condições exigem atenção multidisciplinar — com apoio de nutricionistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais — para garantir a segurança alimentar e o desenvolvimento saudável da pessoa com TEA.

O Que Fazer em Caso de Seletividade ou Picamalacia?

  • Busque avaliação profissional: um diagnóstico adequado pode identificar deficiências nutricionais ou sensoriais.
  • Acompanhe com equipe especializada: intervenções com nutricionistas e terapeutas comportamentais ajudam a ampliar o repertório alimentar.
  • Observe sinais de risco: ingestão de objetos pode causar obstruções, intoxicação ou problemas gastrointestinais.

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Consequências da Seletividade Alimentar no Autismo

  • Déficits nutricionais:
    A alimentação restrita pode causar deficiência de vitaminas e minerais essenciais, como ferro, cálcio, zinco e vitamina D, afetando o crescimento e o sistema imunológico.
  • Atrasos no desenvolvimento:
    A má alimentação pode interferir na cognição, na energia para atividades diárias e no aprendizado, comprometendo o desenvolvimento global da criança.
  • Problemas gastrointestinais:
    Dietas pobres em fibras e variedade aumentam o risco de prisão de ventre, refluxo e outros desconfortos gastrointestinais, comuns em crianças com autismo.
  • Impacto social e emocional:
    A alimentação restrita pode dificultar a convivência social, como em festas, passeios escolares e refeições em família, gerando isolamento e estresse para a criança e os cuidadores.

A seletividade alimentar no autismo é mais do que uma simples “frescura” – ela precisa de atenção especializada e estratégias adequadas. Quanto antes o tratamento for iniciado, maiores são as chances de melhorar a relação da criança com os alimentos e prevenir complicações a longo prazo.

Se você é pai, mãe ou cuidador de uma criança com autismo e enfrenta esse desafio, busque apoio profissional. O cuidado com a alimentação faz toda a diferença

Instagram: nutri_eduardalongui

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